quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Vinho novo só em odres novos - será que a Igreja quer?


Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha; pois o remendo forçará a roupa, tornando pior o rasgo. Nem se põe vinho novo em vasilha de couro velha; se o fizer, a vazilha rebentará, o vinho se derramará e a vasilha se estragará. Ao contrário, põe-se vinho novo em vazilha de couro nova; e ambos se conservam. (Mateus 9:16, 17)

Em nossos dias o tema da ‘renovação da igreja’ brota prodigamente dos lábios de incontáveis cristãos. Não podemos ir muito longe no mundo cristão de hoje, sem ouvir uma exortação sobre a necessidade de uma maior unidade no Corpo do Ungido, a importância do sacerdócio de todos os crentes, a urgente necessidade de destruir todas as barreiras feitas pelo homem, a crescente demanda de um poder espiritual mais pleno, e o radical chamado ao evangelismo mundial. Embora nenhum destes temas seja novo nem original, atualmente os mesmos estão chamando a atenção de muitos cristãos modernos. Estas modernas correntes de renovação espiritual não estão fluindo exclusivamente de nenhuma linha específica do Corpo do Ungido em particular. Mais que isso, estão sendo proclamadas através das linhas denominacionais e tradicionais. Na realidade, estes realces bíblicos de renovação eclesial refletem o genuíno movimento do Espírito de Deus entre seu povo. São canais do vinho, do vinho novo, que em nossos dias representa a vida e o ministério do Espírito Santo no mundo.
Mas o depoimento do Espírito Santo também está indicando algo mais —algo que toca uma nota mais profunda. Mediante uma voz mais aprazível, ainda que não menos fervente, Deus está convidando a sua amada noiva a que examine, com frescor, o próprio contexto em que ela assume que tenha de ocorrer a renovação espiritual.
Assim, emergindo no horizonte religioso se pode detectar uma corrente mormente oculta, mas crescente, de cristãos comuns e correntes, a qual Deus está usando para requerer a Sua igreja (a igreja do NT) a que retorne à simplicidade e à vitalidade das práticas neotestamentárias. Portanto, o presente ônus do Espírito Santo está centrado desprender o povo de suas incrustadas tradições humanas concernentes ao governo, a prática e a organização da igreja, e fazer voltar a igreja ao completo senhorio do Senhor Jesus Cristo. Para dizê-lo de outro modo, o Espírito de Deus não só está falando do vinho; também está falando a respeito do odre.

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