A cultura contemporânea é atormentada pela paixão de possuir. Corre por aí o pensamento insensato de que a vida boa é encontrada no acumulo de bens, "quanto mais melhor". De fato, em geral aceitamos esta ideia sem questionar, e o resultado é que o desejo fervente de ter posses, na sociedade contemporânea tornou-se psicótico: perdeu completamente o contato com a realidade. Ademais, o ritmo do mundo moderno acentua o nosso senso de sempre estarmos necessitando de algo, insatisfeitos. Sentimo-nos tensos, apressados, esbaforidos. A complexidade de correr para realizar e acumular mais e mais, frequentemente ameaça nos subjugar. Parece não haver escapatória a essa ciranda sem fim. A simplicidade, porém, nos liberta dessa mania moderna, trazendo sanidade à nossa extravagância compulsiva e paz ao nosso espírito frenético. Ela nos permite ver as coisas materiais como elas são - bens para embelezar a vida, não para oprimi-la. As pessoas podem tornar-se, novamente, mais importantes do que os bens materiais. A simplicidade não é apenas um modismo que tenta reagir ao holocausto ecológico que ameaça nos engolfar, nem nasce de uma frustração com a obesidade tecnocrática. A simplicidade nos capacita a viver com integridade em face das terríveis realidades de nossa aldeia global. Busque a simplicidade e desconfie dela.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Busque a simplicidade e desconfie dela
A cultura contemporânea é atormentada pela paixão de possuir. Corre por aí o pensamento insensato de que a vida boa é encontrada no acumulo de bens, "quanto mais melhor". De fato, em geral aceitamos esta ideia sem questionar, e o resultado é que o desejo fervente de ter posses, na sociedade contemporânea tornou-se psicótico: perdeu completamente o contato com a realidade. Ademais, o ritmo do mundo moderno acentua o nosso senso de sempre estarmos necessitando de algo, insatisfeitos. Sentimo-nos tensos, apressados, esbaforidos. A complexidade de correr para realizar e acumular mais e mais, frequentemente ameaça nos subjugar. Parece não haver escapatória a essa ciranda sem fim. A simplicidade, porém, nos liberta dessa mania moderna, trazendo sanidade à nossa extravagância compulsiva e paz ao nosso espírito frenético. Ela nos permite ver as coisas materiais como elas são - bens para embelezar a vida, não para oprimi-la. As pessoas podem tornar-se, novamente, mais importantes do que os bens materiais. A simplicidade não é apenas um modismo que tenta reagir ao holocausto ecológico que ameaça nos engolfar, nem nasce de uma frustração com a obesidade tecnocrática. A simplicidade nos capacita a viver com integridade em face das terríveis realidades de nossa aldeia global. Busque a simplicidade e desconfie dela.
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