segunda-feira, 16 de abril de 2012

Quem é Deus?

Na mente atual da grande maioria dos cristãos, a concepção de Deus está embasada num Deus que existe e que nos ajuda a sair de nossas situações desconfortantes ou num juiz que vai apontar todos os nossos pecados e, finalmente nos salvará por pena. Nesse sentido, a instrumentalização de Deus chegou ao ponto das pessoas crerem que Ele existe em função delas e não elas em função dele. E, por outro lado, a representação que foi estabelecida de um Deus hostil, controlador e impiedoso ficou tão grande que tem afastado milhares de pessoas do contexto de fé cristã. Não digo da fé em Cristo, pois para ter fé em Cristo não precisamos estar alinhado a nenhuma comunidade local de fé. Mas, da comunidade em si, do meio cristão. Milhares e milhares de pessoas, que verdadeiramente creem em Cristo como Deus encarnado, morto e ressuscitado e Senhor absoluto de tudo e de todos não aguentam nem ouvir falar do ambiente opressivo e condenador que sistematicamente paira e rege os centros religiosos. Não digo que estão errados. Eu também não suporto o clima que se criou nos ambientes de fé. Neles, Deus é um presenteador e beneficiador constante das mazelas humanas ou um ditador rude e contumaz que não aceita as limitações presentes na vida humana, criando assim um sistema rígido e duro de normas, regras e leis para serem cumpridas e obedecidas. Não creio em nenhum desses deuses criador pela igreja nem pela ganância humana. Creio, no criador eterno de todas as coisas, que não habita em templos feito por mãos humanas, incontrolável, indomável, superior a qualquer conceituação, que ama o ser humano que foi criado à sua imagem e semelhança, que enviou seu filho amado para que fosse instrumento de nossa redenção, enviou o Espírito Santo como força, consolo e poder para que possamos sobressair às limitações de nossa vida e, finalmente se manifestará em graça, misericórdia e domínio pleno.

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