quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A mudança das crenças muda os atos e o caráter





Essa mudança é fundamental e decisiva. E aí reside a esperança de mudança. Quando incutimos nas pessoas crenças diferentes, elas de fato se tornam pessoas diferentes.

Um dos pontos mais frágeis em relação as nossas expectativas noutras pessoas é que desperdiçamos um tempo precioso tentando leva-las a fazer coisas que os verdadeiros cristãos devem fazer sem, contudo mudar as suas verdadeiras crenças.

Foi isso que o Mestre afirmou quando enfatizou a realidade da natureza da árvore. Ou seja, se a raiz de uma árvore for ruim dará frutos ruins e se for boa dará bons frutos. É impossível que uma árvore ruim dê bons frutos. Ou que se plante uma semente de caqui e colha tomate. Teríamos, no caso, que pendurar tomate no pé de caqui. Quem pegar o tomate terá a idéia que estará comendo caqui. Mas, quando der a primeira mordida verá que não se trata de caqui e sim tomate.

Imagine esse cenário: um pé de caqui repleto de tomates. Muitos acharão que se trata de caquis, mas ao comer terão uma decepção imensa. Isso é o que se faz por aí.

Muitas vezes estamos dependurando idéias, normas, regras e rituais na vida das pessoas. Elas até aparentam a produção de algo. Porém, nenhuma mudança acontece de fato.

Por que isso acontece? Porque não houve mudança interior. Não houve Mudança de crenças. Houve simplesmente um arranjo como uma árvore de natal. Porém isso é puro arranjo. Isso não dá certo.

Precisamos deixar de lado essa manipulação da conduta. Precisamos nos concentrar em transformar o pensamento das pessoas. Nesse processo, a conduta naturalmente se transformará como Jesus bem sabia e ensinava.

Pensando um pouco mais sobre a mudança das crenças como instrumento de mudança de caráter e de atos, pense comigo: é mais fácil limpar o exterior ou o interior? Quando vai lavar um carro, qual é mais fácil limpar: o interior ou o exterior? E ao lavar uma panela é mais tranqüilo limpar o interior ou o exterior? E assim por diante.

Acho que você disse que sempre o exterior é mais fácil, não foi? Também acho. Mas se seguirmos esse mesmo caminho na questão da postura humana e a fé em Cristo gastaremos um bom tempo para enquadrar pessoas às formas desejadas e não tocaremos no cerne: o interior.

Jesus disse: “limpe primeiro o interior do copo, para que também o seu exterior fique limpo”. Essa é a dinâmica do Evangelho: mudança interna que provoca mudança externa. E a mudança externa não são posturas ritualísticas, litúrgicas, tipo de vestuário ou linguajar. É mudanças de caráter, jeito de ser, agir, postar, relacionar e viver, tanto em relação ao Criador quanto em relação ao próximo.

Pense nisso e reflita sobre o efeito que a convicção de sua fé tem promovido em sua vida. Na minha visão, grande parte daquilo que chamam de cristianismo nada mais é que um enorme engodo e embalagem de péssimo gosto.

Paulinho – amado do Mestre

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