
É muito comum as pessoas afirmarem que crêem em Deus. Honestamente, não vejo nada demais nisso. As escrituras afirmam que até os seres criados, que um dia se rebelaram contra seu próprio criador – os demônios – também crêem e até estremecessem diante dele. Outros contestam a existência de Deus. Bom! Ai é um papo longo e sem utilidade alguma a meu ver. Até porque se contestam gastarei meu tempo tentando convencê-los de algo que já estão convencidos. Poderia sim tentar, mas esse não é o assunto aqui. O que pretendo é pensar rapidamente sobre a idéia que as pessoas concebem do ser divino – Deus. Na bíblia está dito que “ninguém jamais viu a Deus”. Portanto, qualquer caracterização física é impossível como também objetivamente ficamos muito aquém de tudo que podemos afirmar sobre ele. Na verdade, o máximo que podemos afirmar são fagulhas subjetivas acerca do Criador. Ninguém penetra seu Ser e essência. Ele é além de qualquer possibilidade de conceituação. Se conceituarmos Deus, ele passa ser deus. Ou seja, colocaríamos a criatura acima do Criador, pois todo o conhecimento que temos de Deus, mesmo com o auxílio da fé, é limitado. Nós podemos dizer o que Deus não é, mas não o que ele é. Algo que já foi até afirmando pelo apóstolo Paulo na carta aos romanos: “pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura, em lugar do criador...”. Na verdade, uma maneira de enxergarmos Deus é na manifestação de Jesus. Em Hebreus lemos que Jesus é “o resplendor da glória e a expressão exata de seu ser”, ou seja, Jesus é a manifestação fiel e absoluta de Deus. Afinal ele é o filho, mas também é Deus. Ele mesmo afirmou aos discípulos que caminharam com ele durante um bom período que quem olhasse para ele via o próprio Deus. Aí, temos alguns problemas: a) muitos não crêem que Jesus é Deus – quanto a isso também não vou tentar convencer ninguém aqui – eu creio; b) a distância histórica do momento em que Jesus pisou nas terras da palestina e o que caracterizaram acerca dele – nesse ponto teríamos que trabalhar muito, porém o único caminho aqui é voltar a ler os evangelhos desprovidos das amarras cristãs embrutecidas e carcomidas por definições totalmente longínquas sobre o verdadeiro Jesus. Entendo que se queremos fazer qualquer conscientização em relação a Deus, precisamos olhar como Jesus viveu. Aí sim. Onde expressei que “ninguém jamais viu a Deus”, está escrito também: “se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós”. Entendo a partir desse texto, que uma maneira de tornarmos Deus visível entre nós é através da prática do amor. Portanto, se qualquer pessoa ou lugar que afirme que Deus está presente e não há manifestação objetiva e prática do amor, pode ter certeza, o que se afirma não tem nada haver com o criador. Finalmente, quero terminar com um pequeno texto do escritor Augusto Cury: “Há dois tipos de Deus. O que criou os seres humanos e um que eles criaram. O que nos criou é solidário, ama incondicionalmente, poupa, protege, alivia, inclui, se preocupa. O que os homens criaram julga, condena, exclui, ama condicionalmente, dedica-se mais a uns do que a outros”. Quando olho para a expressão de fé pregada e defendida arduamente entre centenas de movimentos religiosos, quase nenhuma aproximação vejo do Deus que se manifestou em Jesus e que eternamente ama os seus e sustenta todas as coisas e. É isso ai, abandone os falsos deuses...
Abraço
Paulinho – amado do Mestre
 
 
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