Justificados pela fé temos paz com Deus

Duas coisas básicas quero compartilhar sobre essa afirmativa do apóstolo Paulo. A primeira é a realidade da nossa posição diante de Deus. No texto diz: “justificados pela fé”. Essa é uma declaração jurídica. Nela temos a convicção que estamos com nossa ficha limpa diante do criador. Já fomos justificados, ou seja, declarados justos, sem nenhuma acusação nem condenação. Isso parece bobagem, mas não é. Olhamos ao redor e vemos uma multidão de cristãos que conquanto confessem o nome de Jesus e submissos a sua vontade vivem um terror completo. Não entendem e não vivem como se fossem justificados. Pelo contrário, vivem como se ainda estivessem com a ficha suja e no banco dos réus. Vivem o tempo todo com restrições, inseguros quanto o futuro e sempre com a sensação que estão pendentes em alguma questão. Segunda realidade é a expressão; “temos paz com Deus”. Outra vez peço a você para observar os cristãos e até você mesmo. Já percebeu a falta de paz que encontramos na relação com Deus? A relação com Ele é sempre tensa. Falta paz na mente e na alma. Há uma tensão interna como se procurando encontrar algo que aplaque a ira dele para com nossas ações e pensamentos. Quando não acontece algo favorável é como se o Deus que se crê está pagando o mal com o mal e assim por diante. Numa dor, procura-se algum pecado não confessado ou amor não expressado. Pergunto: isso é paz com Deus? Não, isso é tormento com Deus. Prá falar a verdade: preferiria nem conceber a idéia de Deus e sua criação. Preferiria compreender que o mundo e a existência humana fosse uma manifestação do acaso ou o movimento de milhões de átomos que se unem e se separam a cada tempo produzindo novos seres e novas manifestações. Mas, como creio no que o texto afirma, prefiro essas duas realidades: viver com a convicção descansada que sou justificado. Não há nada que preciso fazer para aplacar a ira do Criador contra mim nem pagar um preço para que minha ficha esteja limpa e assim possa viver tranqüilo. Também vivo com a certeza que não há uma desavença entre mim e meu Deus. Tenho paz com Ele. Essa paz não é fruto dos meus acertos nem da minha autojustiça. Ela é estabelecida e mantida pela manifestação da cruz. A cruz é minha justiça e paz. Bom inicio de ano e viva em paz com Deus e certo que você não está assentado no banco dos réus. Você é um justo em Cristo Jesus.