segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Bendize ao Senhor


No salmo 104, O salmista relata a criação partindo do reconhecimento que ela é fruto da grandeza de Deus: “Bendize ao Senhor, ó minha alma! Senhor, Deus meu, como és grande: vestido de esplendor e majestade, (v. 1).

O salmista convida a sua alma a louvar ao Senhor em reconhecimento da sua
grandeza e do seu reinado. No decorrer do Salmo ele irá descrever poeticamente porque Deus é magnificente, fazendo um verdadeiro relato da obra criadora. A adoração que ele deseja prestar é em virtude deste reconhecimento resultante do olhar para a vida no mundo. Um olhar que enxerga detalhes, não somente das formas daquilo que foi criado, mas do seu movimento, sua mecânica e o sentido que elas possuem na interação entre os
seres. Ao ver a beleza viva diante dele somente restou ao poeta dizer à sua alma que bendissesse a Deus pela sua grandeza, majestade e glória, revelada no cenário que observava. A adoração sempre se dá em forma de poesia e de canto, pois a linguagem da arte é a que melhor permite comunicar as grandezas de Deus em resposta aos seus grandes feitos. Uma adoração sincera, no entanto, deve surgir do reconhecimento de Deus a partir do que ele faz no mundo e na história, e brotar do olhar que alimenta a alma. O senhorio de Deus acontece não somente sobre nossas vidas, mas sobre toda a criação. No entanto, ele também se relaciona conosco em nossa individualidade, é o “Deus meu”, em nossa diversidade é Senhor da criação, mas também Senhor meu. O Reino de Deus é um fato no mundo. Em Jesus Cristo ele adentrou para a história antecipando, assim, as promessas e bênçãos dos tempos vindouros. Mais do que nunca Deus está vestido de majestade, Ele reina no mundo e, por isso, seu povo é a comunidade do Reino. Aquela que comunica ao mundo através da sua vida a glória do seu Rei.

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