
Olá!
Tenho certeza que você já teve o sentimento que “estava empacado” ou “não saindo do lugar”. Outro sentimento é que “ah! pensei já ter superado isso”. Ou até mesmo o sentimento de que não consegue crescer e livrar-se de algumas amarras. Acertei? Espero que sim, pois esse é o sentimento que muitas vezes tenho. Claro que não é nada neurótico ou que me impossibilite de vislumbrar avanços e superação. Mas, em determinados momentos a sensação é de “puxa... até hoje lidando com isso!”
Não sei se você já brincou com um brinquedo que na minha infância chamávamos de “João Teimoso”. Ele é um boneco com um peso embaixo que pode receber a pancada que for, mesmo indo ao chão, imediatamente se levanta.
Sou uma espécie de João teimoso (claro que não sou tão rápido para me levantar como ele). Não no sentido de teimosia que empaca ou que insiste exageradamente numa perspectiva nada boa. Mas, como alguém persistente em querer avançar, em ficar de pé e não desistir de reagir visando alguma superação. Afinal, ainda informe, já consegui ultrapassar uma barreira dificílima: entre milhões de espermas, eu fui o vencedor.
Bom, hoje cedo (manhã gostosa de sexta-feira – 08.10.2010) lendo a Bíblia fui colocado diante desse cenário que me motiva imensamente: “Em tudo somo atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos [...] como se estivéssemos morrendo e, contudo, eis que vivemos; como castigados, porém não mortos; entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo” (II Coríntios 4:8-9 e 6:9-10).
Esse é nosso quadro. Experimentamos na vida diversos reveses. Situações não confortáveis, dolorosas e muitas vezes carregando um sentimento enorme de impotência e de absoluto desânimo. Não creio que as palavras acima são mágicas. Elas não são como varinhas de condão que ao serem lidas ou pronunciadas, acabem com as desventuras do nosso ser e nos remete aos píncaros da glória. Não, não creio nisso. Creio que são palavras de revelam claramente que somos seres fragilizados, vivendo num planeta de constante tensão, que carregamos traços da natureza humana em tudo que fazemos e que ninguém é um ser superdotado. Ao mesmo tempo, creio que nesse mistério imenso do Deus que habita em nós, somos ajudados em cada situação que vivenciamos e temos que lidar.
Termino esse pensamento com as palavras de um escritor cristão chamado Larry Crabb: “O cristão maduro julga a si mesmo, não com espírito de ódio, mas com desejo de conforma-ser mais plenamente com a imagem de Cristo. Avaliar-se, com o propósito de crescer, nada tem a ver com uma busca desprezadora e obsessiva de motivos maus, nem é instigada por um esforço de defender-se ou provar seu próprio valor. Quando nada mais fazemos do que nos condenar, caímos na armadilha de odiarmos a nós mesmo e sentimos uma pressão terrível para melhorar. Ou vivemos sob a pressão de crescer, ou celebramos a graça”.
Graça que vem da Cruz. Graça, maravilhosa graça. Suficiente graça.
 
 
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