Muitos imaginam o reino de Deus como um outro mundo que deve vir no final desse mundo. Outros vêem a vida eterna como uma outra vida além da morte, que se seguirá a esta vida. Isso, porém, induz ao erro e desvirtuamento da criação de Deus.
A nova criação não é uma outra criação, porém, a criação nova desse mundo decaído. A vida eterna não é uma outra vida, porém, a ressurreição desta vida na vida de Deus. “Porque é preciso que esse corpo corruptível se revista de incorrupção e este ser mortal se revista de imortalidade”, afirma Paulo (I Coríntios 15.53). Por isso, reino de Deus significa que esse mundo se transformará e da violência e injustiça brotarão a paz e a justiça. Com isso o reino de Deus não se deixa limitar ao âmbito religioso, moral e espiritual. Como reino da criação de Deus, ele é tão universal, colorido e variegado como esta criação inteira, como sua riqueza e variedade. Mesmo se experienciamos apenas a semente e o germe, o acordar de manhã cedo e o curar-se de doenças, não temos nenhum direito de colocar limites à nova criação de todas as coisas, ou de excluir o reino de Deus da economia de mercado ou da política mundial. Sempre que a vida é ameaçada, Deus intervém, pois que ele ama a vida.
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