domingo, 4 de abril de 2010

Um insulto a Deus


Um insulto a Deus

O obstáculo central para a vida de Jesus fluir em nós e jorrar de nós é este: Queremos mais outra coisa. E isso é perverso. Queremos as bênçãos de uma vida melhor mais do que desejamos nos achegar a Jesus. Nós nos aproximamos dele como uma criança se achega a um Papai Noel no shopping, que pergunta pela centésima vez: — O que você quer no Natal? Aposto que nenhuma criança jamais se apertou no peito de Papai Noel, olhou em seus olhos e disse: — Você! Eu quero só você! Nenhuma criança acredita que Papai Noel ao jantar com ela poderia alegrá-la mais do que quando empilha presentes debaixo da árvore. Nosso problema é incredulidade no que pode ser chamado de seu "Plano Emanuel", a obsessão inflexível que ele tem de formar uma família para reunir-se à sua mesa de jantar, com ele na cabeceira, e cada um de nós vibrando de alegria por estar presente.
Deus está decidido a formar uma comunidade em que ele seja o nosso Deus e nós, o seu povo. Esse tem sido o seu plano desde o Éden. Quando vamos em direção diferente, somos como o filho pródigo dizendo ao pai: — Pouco me importa estar com você. Só quero a sua riqueza. Pode morrer no que me concerne. Apenas dê-me a minha herança.
Esse é o antigo caminho. Ele não é apenas insensato. É perverso.
É insensato porque a vida nunca funcionará suficientemente bem para criar a alegria que desejamos. Deus providencia isso. Quando Adão e Eva foram expulsos do paraíso, Deus preparou o mundo para certificar-se de que nunca teríamos uma base razoável para nos estabelecermos nas alegrias que a vida neste planeta confere. O mato cresce em todo jardim. Toda vez que tentamos removê-lo, um espinho pica nosso dedo. Os relacionamentos nunca alcançam a plena alegria da completa intimidade. A competição egocêntrica barra o caminho. Todo nosso esforço para a harmonia é prejudicado pela nossa atitude: "Estou magoado, você falhou", e nosso foco está voltado para o que o outro pode fazer para satisfazer nossos desejos.
Não conseguimos agir como devemos. Não conseguimos ter uma vida funcional; isso nunca acontecerá até o céu. Todavia, como cavadores de poços, passando por um poço já cavado e forçando nossas pás na terra seca, tentamos descobrir o que podemos fazer para encontrar a água desejada. A maioria de nossas orações consiste de um pedido para que Deus guie nossas pás para onde as fontes se escondem por baixo da terra endurecida.
Certo dia, Jesus dirigiu-se a um grupo de cavadores de poços. — Vocês estão com sede. Sabem disso. Mas não sabem que estão com sede de mim! Venham até mim. Deixem as pás. O poço já foi cavado. Venham beber a água que eu dou. Venham à minha mesa. Comam o que é bom. Deixem suas almas se deleitarem no melhor dos alimentos. Não há alimento mais rico do que o relacionamento comigo. Estou à disposição. Venham!
Todavia, continuamos no antigo caminho, dando mais valor à vida melhor que Jesus pode dar-nos do que à esperança melhor de conhecê-lo bem. Isso é inútil e perverso. Nós o tratamos com desprezo, rejeitando seu convite para nos achegarmos a ele, e tentamos, em vez disso, esforçar-nos para seguir os princípios que julgamos nos trarão as bênçãos desejadas.
Podemos encontrar Jesus. Isso já aconteceu antes. E a esperança desse encontro supera de muito a esperança de uma vida melhor neste mundo. Essa é a primeira coisa que devemos saber.
Viver para uma vida melhor neste mundo, com mais energia do que perseguimos um relacionamento mais profundo com Jesus é perverso. Esta é a segunda coisa que devemos saber. É um insulto a Deus. Ele nos dá o melhor que o céu pode oferecer, e pedimos outra coisa.

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